TROPEÇO EM
PALAVRAS.
Todo mal seria menor se esse
não fosse maior.
Tiago 3.2 - Todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém
não tropeça em palavra, esse é homem perfeito, e capaz de refrear também todo o
corpo”
INTRODUÇÃO: (O SIGNIFICADO DE UMA
PALAVRA).
–
A palavra
proferida é uma expressão do que
pensamos, sentimos, ou mesmo desejamos, pela palavra dita temos a visualização
do nosso interior. Foi isso que Cristo transmitiu segundo ficou registrado pelo
evangelista Mateus. {Mt 12.34 “34 Raça de víboras! como podeis vós falar coisas
boas, sendo maus? pois
do que há em abundância no coração, disso fala a boca.}
–
Jesus também ensinou que o mal reside no
coração do homem e que saindo se
concretiza em pecados. { Mc 7. 20 – 23 “20E prosseguiu: O que sai do homem , isso
é que o contamina.21 Pois é do interior, do coração dos homens, que procedem os
maus pensamentos, as prostituições, os furtos, os homicídios, os adultérios,22
a cobiça, as maldades, o dolo, a libertinagem, a inveja, a blasfêmia, a
soberba, a insensatez;23 todas estas más coisas procedem de dentro e contaminam
o homem..”}
Poderemos a partir de este ponto analisar
alguns aspectos no que diz respeito ao nosso falar; para ser mais preciso,
vamos analisar 05 destes aspectos. Para este intento vamos utilizar-nos em
primazia do contexto do versículo por ora escolhido como base deste estudo.
O TROPEÇO.
{Tiago 3.2b “todos tropeçamos em muitas coisas...”}.
Todos - Tiago mostra que ninguém está imune de errar pelo falar, independente do que
somos, do quanto somos instruídos, ou mesmo de quanto nos consagramos nos
separamos par Deus, nós estamos sujeitos a cometer um deslize em nossa fala, o
próprio Tiago se incluía nesta condição.
Em muitas coisas – O
tropeçar no falar não é o único mal ao
qual estamos sujeitos, somos passivos de errar em muitas outras área, porém
Tiago, assim como nós neste momento, se ateve ao tropeçar no falar, até pelo
que vamos entender que esta é a origem de muitos ouros males.
Tropeço – Definido como
obstáculo, embaraço, como algo que interrompe que intercepta o desenvolvimento.
Por esta definição podemos previamente exercer a aplicação da intenção de Tiago
com o texto em apreço, afirmando que por causa do mau uso da palavra, muitos
daqueles que buscam o crescimento e o desenvolvimento em Cristo, tem tido suas
trajetórias interrompidas, retardadas, prejudicadas; deixando de avançar no
aperfeiçoamento. E faz bem lembrar que quando se tropeça os efeitos são
diferenciados podendo levar desde a um
simples desequilíbrio como a uma queda talvez com conseqüências irreparáveis.
Esta
advertência é extremamente benéfica tendo em vista que ela se propõe a nos colocar em patamares diferenciados dos
ímpios: Pv 4. 18 - 19 “18 Mas a vereda dos justos é como a luz da
aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.19 O caminho dos
ímpios é como a escuridão: não sabem eles em que tropeçam.” Como se pode
observar pelo texto, os Justos estão em contínuo desenvolvimento, e isto se dá
pelo conhecimento da vontade de Deus e conseqüentemente de suas fragilidade e
mazelas, ás quais ele toma a atitude de delas se desviarem, esquivarem;
enquanto isso observamos que o ímpio nem sabe onde tropeça, onde erra, porque
está a caminhar em plena escuridão. Que saibamos fazer o devido proveito desta
prerrogativa que Deus nos concede de sermos avisados de nossas fraquezas e
podermos corrigir-nos, entendamos isso como bondade de Deus para com a nossa vida.
O tropeço na palavra está em
03 das 07 coisas que Deus abomina Provérbios 6. 16 – 19.
O DOMÍNIO.
Grandes forças, pequenos direcionadores.
Tiago 3.3 – 4; “3 Ora, se pomos freios na boca dos cavalos,
para que nos obedeçam, então conseguimos dirigir todo o seu corpo.4 Vede também
os navios que, embora tão grandes e levados por impetuosos ventos, com um
pequenino leme se voltam para onde quer o impulso do timoneiro.
Domínios das coisas externas, servidão
interna.
Tiago 3.7 – 8 Pois toda espécie tanto de feras, como de
aves, tanto de répteis como de animais do mar, se doma, e tem sido domada pelo
gênero humano, 8 mas a língua, nenhum homem a pode domar. É um mal irrefreável;
está cheia de peçonha mortal.
Somos ensinados a não subestimar ou mesmo
negligenciar a importância no domínio no falar, para tal Tiago se utiliza de
duas significativas ilustrações:
1. O freio que embora tão pequeno, domina a grande força do cavalo.
2. O leme que é minúsculo em relação à embarcação, no entanto
são suficientes para determinar a direção do mesmo.
Tiago
conclui afirmando que a língua no corpo humano tem a mesma significância. Tg
3.2b “Se alguém não tropeça em palavra, esse é homem perfeito, e capaz de
refrear também todo o corpo”
Quando
praticamos a temperança no falar
poupamos o próximo e a nós mesmos:
·
Quantas vezes não nos arrependemos por uma
palavra dita e gostaríamos de que o tempo voltasse atrás por uma palavra
irrefletida .
·
“Os lábios são o limites entre os escravizar
e o ser escravo da palavra.”
·
A palavra causa às vezes males
irreparáveis e irreversíveis ( Ilustração. - Um certo homem
espalhou boato contra outro, e este abatido, ficou doente. Depois, ficou
provado que o fato não era verdade. O boateiro foi então desculpar-se com o
atingido pela má notícia. Este lhe disse: “Eu perdôo se você fizer duas
coisas.” O outro logo indagou: “O que?” Primeiro você pegue este saco de
penas, suba o monte e deixe o vento levá-las.
O boateiro disse : Faço logo. E o fez. Ao retornar o homem doente disse-lhe:
Agora peço que faça a segunda coisa: Vá e junte
todas as penas que você espalhou.
O mentiroso disse: Ah! Isso é impossível. Aplicação. – O dano
causado por um boato é de efeito irreversível.) Boato – Noticia
que corre publicamente sem confirmação
·
É inconseqüente a atitude daquele que não
é temperante no falar.O poder destrutivo de uma palavra de uma palavra errada, mal aplicada, ou fora
do tempo é imensurável, pode-se até
mesmo voltar à ilustração de Tiago e tentar imaginar que danos não poderão
causar um cavalo sem a sua força dominada ou um navio sem direção.
- Quantos lares destruídos por ofensas recíprocas entre os cônjuges
(Diferenciar divergência de Opinião, de ofensas entre as
partes)
- Quantos filhos revoltados por uma palavra rude e desprovida de propósito.
( Ilustração. – O
retrato de Mãe / O exemplo de Cristo
diante da mulher adúltera)
- Quantos ministérios
maculados, quantas vidas espirituais destruídas por inverdades fabricadas por corações
maliciosos, por pessoas invejosas e fracassadas, que não suportam a
proficuidade alheia.
(Análise psicológica do boateiro – Quase sempre é uma pessoa que é traz o fracasso sobre os
seus ombros e tomadas de um sentimento de inveja por verem outras pessoas serem
bem sucedidas e não podendo atingir os
mesmos patamares destas por elas estarem em níveis bem superiores, então tentam
por meio de difamação rebaixá-las para que assim possam estar no mesmo
nível.Como não conseguem crescer, tentam decrescer aqueles que conseguem.)
OS MALES.
Tg 3. 6.a “A língua
é como fogo..”Tiago ensina-nos por meio desta figura que
assim como um pequeno foco de fogo pode incendiar toda uma floresta , a
língua como um pequeno membro pode
incendiar todo o corpo levando-o ao
pecado,à iniqüidade.Pode se até mencionar alguns exemplos rápidos.
1. Uma conversa imoral pode ser o indício de um adultério.
2. Uma discussão calorosa pode ser um convite à agressão
física e até um homicídio.
3. Uma mentira pode escravizar uma vida inteira levando-a a depressão e talvez ao suicídio.
{Tg
3. 9 – 10 “9 Com ela bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os
homens, feitos à semelhança de Deus.10 Da mesma boca procede bênção e maldição.
Não convém, meus irmãos, que se faça assim.”}Mesmo
que o texto bíblico nos ensine que é inconveniente, observamos que não
poucos tem utilizado a língua de forma
dúbia (Incerta, duvidosa, Indefinida.) Podemos extrair destas palavras que pelo
uso da palavra podemos ser benção ou maldição para as pessoas com as quais nos
relacionamos e como Cristão cabe nos cumprir a nobre tarefa de ser benção.
O sábio Salomão no livro de provérbios faz diferença entre o sábio e o tolo pelo efeito das suas palavras nas
pessoas que os cercam. Pv.
12. 18 “18 Há palrador (Falador, tagarela.) cujas palavras ferem como espada;
porém a língua dos sábios traz saúde.} O
talmude (Tratado das interpretações da lei
mosaica), parafraseou este texto da
seguinte forma, “A língua do homem é como
abelha, tem mel e tem ferrão”.
·
O FERRÃO – Ameaça / Machuca / Mata.
“A palavra é como flecha, uma
vêz lançada não volta mais, olhe bem antes de atira-la, se ela não é aguda ou
venenosa. (Mabire)”
·
O MEL –
Sara / Fortifica / Adoça.
Provérbios 25.11 – como maçã de outro em salvas de prata,
assim é a palavra dita a seu tempo.
Provérbios 18.21 – Morte e vida estão no poder da língua, o
que bem a utiliza, come do seu fruto.
AS VARIANTES:
Não
são poucas as variações dos pecados que se pode cometer pela língua, apesar de
não intencionar mos ser profundo no assunto podemos de passagem citar alguns
relevantes.
·
Calúnia, difamação, boato (Mexerico,
fofocas) - Levítico 19.16.
“A boa notícia viaja de carroça, a má notícia viaja de avião
supersônico”
A
industrialização da fofoca – Existe uma verdadeira indústria por traz da fofoca, são revistas, programas
inteiros de televisão que vedem esta mercadoria, o mexerico. E o pior do que
estes são aqueles que prestam este serviço de graça, pelo puro prazer,
pendurados nas janelas das casas, encostados num portão, nos bares, nas ruas,
no trabalho, e pasmem até no templo, na casa de Deus.
·
Injuria (Agravo, insulto, ofensa). – Gálatas
5. 15.
·
Mentira, falso testemunho. – Apocalipse 21.8.
(Motivações para mentira:
1. Por
medo
2. Para
ser agradável
3. Por
timidez
4. Por
vaidade
5. Por
inveja
6. Por
lealdade).
“Os dentes podem ser postiços mas a língua
deve ser sempre verdadeira (Paul E. Holdcraft)”
·
Murmuração, maledicência.
·
Palavras Torpes (Obscenas, indecentes),
pornofonias, gracejos indecentes.
ADVERTÊNCIAS:
1)Que Frutifiquemos segundo as expectativas: É necessário que
venhamos produzir frutos realmente coerentes como nome de
Cristão que adotamos, que sejamos
bênçãos nas vidas daqueles que nos cercam e não maldição. Tg
3.11 – 12 “11 Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água
amargosa”? 12 Meus irmãos, pode acaso uma figueira produzir azeitonas, ou uma
videira figos? Nem tampouco pode uma fonte de água salgada dar água doce.
Temos de viver um cristianismo coerente e não nos
assemelhemos aos ímpios. “Romanos 3. 13 – 14 – A sua garganta é um sepulcro aberto,
com a língua tratam enganosamente; peçonha de áspide está debaixo de seus
lábios; cuja boca está cheia de maldição e amargura.
2)
Que atentemos para o juízo de Deus: Que não ignoremos e nem tão pouco negligenciemos o fato de que Deus há de trazer juízo não
somente sobre nossas ações, mas também sobre nossas palavras Mt 12.36 “36 Digo-vos,
pois, que de toda palavra fútil (Ociosa, desprovida de um bom propósito.) que
os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo..”
“Salmos
105. 5a Aquele que difama o seu próximo
às escondidas eu o destruirei.”
Atentemos na também para o juízo dos homens Lucas
6. 37 – 38;
3)
Que não tenhamos uma atitude conivente: Que não venhamos admitir e nem ser coniventes para com
aqueles que usam a língua para ferir, matar e destruir vidas e famílias
inteiras, que este mal seja estagnado no nosso meio através
da disciplina necessária aos infratores. Não é temos como doutrina, mas
simpatizamos com o tratamento que se dava para com a falsa testemunha dentro
dos preceitos da lei mosaica.{ Dt 19.15 – 21 “15 uma só testemunha
não se levantará contra alguém por qualquer iniqüidade, ou por qualquer pecado,
seja qual for o pecado cometido; pela boca de duas ou de três testemunhas se
estabelecerá o fato.16 Se uma testemunha iníqua se levantar contra alguém, para
o acusar de transgressão,17 então aqueles dois homens que tiverem a demanda se
apresentarão perante o Senhor, diante dos sacerdotes e dos juízes que houver
nesses dias.18 E os juízes inquirirão (Investigarão.) cuidadosamente; e eis
que, sendo a testemunha falsa, e falso o testemunho que deu contra seu irmão,19
far-lhe-ás como ele cuidava fazer a seu irmão; e assim exterminarás o mal do
meio de ti.20 Os restantes, ouvindo isso, temerão e nunca mais cometerão
semelhante mal no meio de ti.”}
4) Que
atentemos para nossa salvação: Que não venhamos a comprometer a nossa salvação por não
exercermos domínio sobre as nossas palavras. {Sl
15. 1 – 4 “1 Quem, Senhor, habitará na tua tenda? quem morará no teu santo
monte?2 Aquele que anda irrepreensivelmente e pratica a justiça, e do coração
fala a verdade;3 que não difama com a sua língua, nem faz o mal ao seu próximo,
nem contra ele aceita nenhuma afronta;4 aquele a cujos olhos o réprobo é
desprezado, mas que honra os que temem ao Senhor; aquele que, embora jure com
dano seu, não muda;.”}
5) Que
busquemos em Deus a capacitação para não tropeçar nas palavras: Que não confiemos em nossa potencialidade
para sermos vitoriosos nesta área da vida, antes sim que busquemos em Deus a
condição para tal. {Sl 141.3“1 Ó Senhor, a ti clamo; dá-te pressa em me
acudir! Dá ouvidos à minha voz, quando a ti clamo!2 Suba a minha oração, como
incenso, diante de ti, e seja o levantar das minhas mãos como o sacrifício da
tarde!3 Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta dos meus
lábios!.”}