Se alguém vir
pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles
que não pecarem para
morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. (1 João 5.16)
Introdução
Na
Bíblia são mencionados os pecados que são para morte e os que não são para
morte.
Todo
pecado é transgressão diante de Deus, mas nem todo pecado é igual aos olhos de
Deus. O pecado tem gradação, como se vê nas seguintes expressões bíblicas:
“grande pecado” (Êx 32.30,31; 1 Sm 2.17; Sl 25.11; Am 5.12); “maior pecado” (Jo
19.11); “muito grande pecado” (1 Sm 2.17; 2 Sm 24.10 com 1 Cr 21.8,17); “muitos
pecados” (Lc 7.47); “multidão de pecados” e “multiplicar pecados” (Ez 16.51; Os
13.2; Tg 5.20).
1º Interpretação – condenados a
morte
·
Numa primeira interpretação seriam aqueles que receberam a pena de morte
decretada pela justiça humana. Neste caso a pessoa deveria sofrer as
conseqüências de seus atos. Como aplicação da pena é exemplar, o ensinamento era
para que se deixasse cumprir a
justiça estabelecida.
2º Interpretação – Pecado contra o espírito santo
·
Numa Segunda interpretação seria o pecado contra o Espírito santo que
Jesus ensinou.
Portanto, eu vos digo: Todo o pecado
e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será
perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do
homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não
lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro. Mateus 12:31-32
·
O pecado da blasfêmia é a
rejeição consciente, maliciosa e voluntária da evidência e convicção
do testemunho do Espírito Santo.
Ao cometer este pecado o homem, voluntária, maliciosa e tencionalmente atribui
a influência de satanás aquilo que,
reconhecidamente é obra de Deus. È um
ultraje , uma vez que posiciona o Espírito Santo como espírito maligno e Jesus como satanás.
3º Interpretação – Pecado deliberado e contínuo.
·
Uma terceira
interpretação pode ser encontrada ao comparar esse versículo com o que
aconteceu com ananias e safira em atos 5:1-10 (leia também 1 coríntios 11:30). O
“pecado para a morte” é proposital, deliberado, contínuo e que não expressa
arrependimento. Deus, em sua graça, permite que seus filhos pequem sem
puni-los imediatamete. No entanto, chega um ponto que deus não mais vai
permitir que um cristão continue em pecado sem se arrepender. Quando se chega a
esse ponto, deus às vezes decide punir o cristão, até mesmo ao ponto de tirar
sua vida.
·
Analisando
este aspecto,
podemos definir o pecado para a morte como todo pecado cometido por uma pessoa
que não quer saber de deus e que não está querendo se arrepender. De que adianta
nós orarmos para que deus perdoe um pecado cometido por uma pessoa se ela mesma
não ora nem se preocupa em pedir perdão a deus?
Orar ou não
orar?
·
João não nos proíbe
de orarmos por tal pessoa; não é
um mandamento.
o “Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. (RC)
o Há pecado que leva à morte; não
estou dizendo que se deva orar por este. (NVI)
o João não está
proibindo ou ordenando
que não intercedamos por estes irmãos, ele apenas está
nos desobrigando desta tarefa.
·
Bom lembrar que na primeira parte do texto ele pede para orar pelos irmãos
que pecarem, sabemos que ele difere entre
“ não para morte” e “para morte”.
A questão é como ter
a certeza absoluta de que alguém
tenha ou não tenha cometido o pecado para morte, se isto é
complexo até mesmo no interior da
pessoa que comete? Como julgar isso? Ou melhor , devemos julgar ? Se conclui então
que a não ser por uma raríssima revelação em plena
convicção da parte de Deus de
que alguém tenha cometido tal pecado
devemos orar , e mesmo em situação
contrária não somos proibidos de orar apenas recomendados a não orar.
Conclusão:
Como o texto bíblico não se atem a explicar detalhadamente o
significado do “Pecado de morte”, podemos
subtrair das escrituras estas 03
interpretações plausíveis, todas elas são
plenamente aceitáveis, sendo a primeira a
de menor tendência entre os
estudiosos e a segunda de maior tendência.
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