quarta-feira, 10 de abril de 2013

PECADO DE MORTE



“Pecado de morte.”
Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. (1 João 5.16)

Introdução

Na Bíblia são mencionados os pecados que são para morte e os que não são para morte.
Todo pecado é transgressão diante de Deus, mas nem todo pecado é igual aos olhos de Deus. O pecado tem gradação, como se vê nas seguintes expressões bíblicas: “grande pecado” (Êx 32.30,31; 1 Sm 2.17; Sl 25.11; Am 5.12); “maior pecado” (Jo 19.11); “muito grande pecado” (1 Sm 2.17; 2 Sm 24.10 com 1 Cr 21.8,17); “muitos pecados” (Lc 7.47); “multidão de pecados” e “multiplicar pecados” (Ez 16.51; Os 13.2; Tg 5.20).

 1º Interpretação – condenados a morte

·         Numa primeira interpretação seriam aqueles que receberam a pena de morte decretada pela justiça humana. Neste caso a pessoa deveria sofrer as conseqüências de seus atos. Como aplicação da pena é exemplar, o ensinamento era para que se deixasse  cumprir a justiça  estabelecida.

2º Interpretação – Pecado contra o espírito santo

·         Numa Segunda interpretação seria o pecado contra o Espírito santo que Jesus ensinou.
Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.  Mateus 12:31-32
·         O pecado da blasfêmia é a rejeição consciente, maliciosa e voluntária da evidência e  convicção  do testemunho do  Espírito Santo. Ao cometer este pecado o homem, voluntária, maliciosa e tencionalmente atribui a  influência de satanás aquilo que, reconhecidamente  é obra  de Deus. È um  ultraje , uma  vez  que posiciona   o Espírito Santo  como espírito maligno e Jesus como satanás.

3º Interpretação – Pecado deliberado e contínuo.

·      Uma terceira interpretação pode ser encontrada ao comparar esse versículo com o que aconteceu com ananias e safira em atos 5:1-10 (leia também 1 coríntios 11:30). O “pecado para a morte” é proposital, deliberado, contínuo e que não expressa arrependimento. Deus, em sua graça, permite que seus filhos pequem sem puni-los imediatamete. No entanto, chega um ponto que deus não mais vai permitir que um cristão continue em pecado sem se arrepender. Quando se chega a esse ponto, deus às vezes decide punir o cristão, até mesmo ao ponto de tirar sua vida.

·    Analisando este aspecto, podemos definir o pecado para a morte como todo pecado cometido por uma pessoa que não quer saber de deus e que não está querendo se arrepender. De que adianta nós orarmos para que deus perdoe um pecado cometido por uma pessoa se ela mesma não ora nem se preocupa em pedir perdão a deus?

Orar ou não orar?

·         João  não nos  proíbe  de orarmos  por tal pessoa;  não é  um mandamento.
o   Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. (RC)
o    Há pecado que leva à morte; não estou dizendo que se deva orar por este. (NVI)
o    João  não está  proibindo  ou  ordenando   que não intercedamos por estes irmãos, ele  apenas está   nos desobrigando  desta tarefa.  
·         Bom lembrar que na primeira parte do texto ele pede para orar  pelos irmãos  que pecarem,   sabemos   que ele difere  entre  “ não para morte”  e “para morte”. A questão  é   como ter  a  certeza absoluta de que alguém tenha   ou não tenha   cometido o pecado para morte, se isto é complexo até mesmo no interior  da pessoa  que comete? Como julgar isso?  Ou melhor , devemos julgar ? Se conclui  então   que  a não ser por uma  raríssima revelação  em plena  convicção da parte de Deus  de que  alguém tenha cometido tal pecado devemos  orar , e mesmo  em situação   contrária  não somos proibidos de  orar apenas recomendados a não orar.

Conclusão:                  

Como o texto  bíblico não se atem a explicar detalhadamente o significado  do “Pecado de morte”, podemos  subtrair das  escrituras  estas  03 interpretações plausíveis,  todas  elas  são  plenamente aceitáveis, sendo a primeira a  de menor tendência  entre  os estudiosos  e  a segunda  de maior tendência.

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